A Petrobras anunciou que não levará adiante a Política de Paridade de Importação (PPI) para definir os preços de gasolina e diesel vendidos nas distribuidoras. Adotada no governo Michel Temer, em 2016, ela será substituída por um novo padrão, que promete valores finais mais competitivos e menor frequência de reajustes. De acordo com o presidente da estatal, Jean Paul Prates, os combustíveis terão preços revistos já nesta quarta-feira (17), com a redução de até 12,8% no preço do diesel A e de 12,6% na gasolina A, ambos “puros”, ainda sem adição de biodiesel e etanol, respectivamente.
De acordo com a petrolífera, a base para a redefinição de preço será uma série de referências de mercado. Uma delas é o “custo alternativo do cliente”, que leva em consideração as alternativas existentes entre outros fornecedores e produtos. A outra seria o “valor marginal” para a Petrobras, que considera produção, importação e exportação do combustível, além de materiais utilizados em seu refino.
A mudança de parâmetro fará com que a Petrobras não altere os preços internos após mudanças no mercado global. A promessa é de que os reajustes sejam feitos em menor frequência, algo que o PPI obrigava a petrolífera a realizar ao menos uma vez por mês. Agora, entende-se que não serão necessários os repasses da cotação internacional do petróleo bruto (Brent), tampouco da taxa de câmbio em relação ao dólar.
Apesar de explicar uma parte do processo, a estatal não informou como serão feitos os cálculos para se chegar aos preços na distribuidora: por exemplo, não se falou sobre os fatores e seu “peso” no valor final. A periodicidade com que os reajustes acontecerão também não foi indicada.
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