Como fizeram várias outras grandes montadoras, a Volkswagen formalizou sua saída do mercado russo. A empresa deixou de operar oficialmente no país, encontrando um comprador para suas subsidiárias e também a fábrica na cidade de Kaluga, capaz de produzir anualmente 225 mil veículos e 150 mil motores. A adquirente é a rede de concessionários Avilon, sediada na capital Moscou.
Oficialmente, não se fala dos valores envolvidos na negociação, mas a imprensa estrangeira indica que o acerto gira em torno de € 125 milhões (na cotação de hoje, R$ 671 milhões). A Volkswagen também divulgou uma breve nota sobre o acordo, mas o governo da Rússia teria dado aval ainda para a venda da estrutura de importação e do braço de serviços financeiros da marca.
A Volkswagen investiu € 774 milhões para construir a fábrica de Kaluga, que opera desde 2007. Em 2009, a planta atingiu a capacidade máxima de produção. Ao longo do período de atividades, montou modelos como os VW Polo e Tiguan e os Skoda Rapid e Kodiaq. Logo após a Rússia invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a VW suspendeu as operações, mas manteve os cerca de quatro mil funcionários da unidade em seu quadro, pagando salários regularmente.
A saída da Volks é apenas mais uma dentre as diversas ocorridas ao longo dos últimos 14 meses. A mais notável provavelmente foi da Renault, que controlava a montadora local AvtoVaz e a icônica marca Lada. Como reflexo, a indústria automotiva russa, que emprega 300 mil pessoas diretamente e 3,5 milhões indiretamente, viu as atividades esfriarem, com o volume de produção caindo 77% de lá pra cá.