A partir de 28 de novembro, as rodovias federais privatizadas do Paraná deixarão de ser pedagiadas por pelo menos um ano. O motivo é o fim dos contratos de concessão no dia 27, o que levará à interrupção momentânea da cobrança em cerca de 3,3 mil quilômetros de vias, incluindo alguns trechos estaduais. Sem renovação automática do vínculo, as cancelas serão levantadas, liberando a passagem dos que trafegam pelas vias estaduais que estavam sob administração privada.
Segundo o site Banda B, a falta de nova concessão acontece porque houve impasse entre o Ministério da Infraestrutura e o governo estadual sobre o modelo de negócio a ser adotado. Indiretamente, o “atraso” deve ajudar a reduzir o preço das tarifas. Elas podem chegar a R$ 26,00 por automóvel na BR-277, conhecida como Grande Estrada, que corta o estado transversalmente do Porto de Paranaguá, no litoral, até a Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai. “A expectativa é que no leilão o preço médio das tarifas cobradas no Paraná reduzam em 50%, além das obras. Mas o leilão e a entrada da nova concessão devem ocorrer somente no fim do ano que vem”, explica o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva.
Os contratos atuais foram firmados em 1997, na gestão de Jaime Lerner, e frequentemente são alvo de críticas dos paranaenses. Em maio, o governador Ratinho Jr. (PSD) afirmou que o fim dos acordos seriam um alívio para os moradores. “Esse formato que tanto mal fez ao estado não fica um segundo a mais no Paraná”, criticou, na época, ressaltando a falta de execução das obras prometidas e as frequentes acusações de corrupção por parte das empresas envolvidas nos processos.
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