Fisker vai à falência pela segunda vez


Depois de falir em 2015 (leia aqui) e reiniciar sua trajetória em 2017 (leia aqui), a Fisker entrou novamente com pedido de concordata. A montadora de elétricos abriu processo judicial nos Estados Unidos para, de início, abrir bancarrota e suspender cobranças de credores a fim de reorganizar as operações e honrar os compromissos financeiros. No processo, a empresa almeja negociar parte da estrutura e um lote de veículos prontos para levantar recursos e manter as atividades com baixo volume, mas o projeto não foi recebido com otimismo.

Na imprensa norte-americana, o fim da Fisker já é dado como certo. Por lá, a montadora já vinha sofrendo com a má qualidade de seus veículos: as primeiras unidades do SUV Ocean, que começou a ser feito no fim de 2022, foram entregues sem vários equipamentos, como controle de velocidade. Aos clientes, fora prometida a instalação de alguns itens em um segundo momento. Em 2023, a marca reportou ter fabricado 10.193 unidades do modelo, porém apenas 4.929 delas chegaram aos destinatários.

Com problemas de projeto, má qualidade na produção e a desconfiança do mercado, a demanda pelos veículos desapareceu. Em fevereiro, a Fisker anunciou que, sem novo investimento, ficaria sem recursos em até 12 meses. Um mês depois, paralisou sua produção na fábrica da Magna Steyr em Graz, na Áustria, sinalizando que o fim estava mais próximo do que o previsto.

ONDA DE ELÉTRICOS PERDE FORÇA

A Fisker foi uma das startups relacionadas a carros elétricos que ganhou força nos últimos tempos, devido ao sucesso da Tesla e à obrigatoriedade da “transição energética” imposta em vários países. Contudo, a operação se mostrou pouco confiável e acabou não evoluindo, como já havia acontecido anteriormente com ela própria (leia aqui). Recentemente, outras companhias promissoras, como a Lordstown, também fecharam as portas devido às dificuldades de manter a atividade fabril de maneira satisfatória – mesmo com a forte tolerância do mercado em relação a prejuízos iniciais.

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