O caso de fraude nos testes de homologação de consumo dos Mitsubishi (leia aqui) ainda deve render muita notícia. Além de ter causado a queda no valor da marca na bolsa de valores de Tóquio, a venda de 34% da empresa para a Nissan (leia aqui) e a demissão de seu então presidente (leia aqui), o escândalo resultará em um prejuízo significativo. A empresa já prevê uma perda de 145 bilhões de ienes, equivalente a R$ 4,6 bilhões, em seu próximo ano fiscal.
Segundo o jornal The New York Times, a informação partiu do atual comandante da montadora, Yoshihiko Kuroi. Nos cálculos, a Mitsubishi prevê os gastos não apenas com multas ao governo e indenizações aos clientes, mas também um pagamento à Nissan por ter fornecido os carros fraudulentos à parceira. A montadora dos três diamantes admitiu que seus carros burlavam os padrões de teste do Japão desde que os novos parâmetros foram instituídos, em 1991.
Caso se confirme a perda, no ano fiscal a se encerrar em março de 2017, a Mitsubishi registrará seu primeiro prejuízo em oito anos, avaliado em US$ 1,39 bilhão. No período anterior, a empresa obteve um lucro global de US$ 1,2 bilhão, o dobro dos 12 meses que o prescindiram. Até nos Estados Unidos, onde a saída da companhia era iminente, as contas fecharam no azul pela primeira vez em sete anos, com ganho de US$ 4,18 milhões em 2015.
Agora, restará à aliança Renault-Nissan comandar a reestruturação da Mitsubishi, recuperar sua imagem junto ao mercado e tornar suas operações lucrativas novamente.
[ Fonte: The New York Times ]