A Ford anunciou a chegada da 14ª geração da F-150 ao mercado norte-americano. Apesar da definição, o modelo é mais uma reforma profunda da picape apresentada em 2014 (leia aqui) e reestilizada há três anos (leia aqui), o que se nota também pelo interior parecido. Apesar disso, a marca garante que a líder de vendas está ainda melhor, tendo mantido suas qualidades e aprimorado o que antes eram defeitos.
Na dianteira, nota-se o corte diferente do capô, agora com base reta e um ressalto acompanhando a grade. Esta tem nada menos que 11 variações grelha à disposição do comprador, ladeada por faróis de desenho mais tradicional. As luzes diurnas (DRL) em LED são prolongadas até as luzes auxiliares no para-choque, passando a sensação de continuidade.
Pelas laterais, observa-se a similaridade entre a nova F-150 e sua antecessora. As proporções são as mesmas, o que inclui o recorte das caixas de roda, os contornos de vidros e portas e até a posição das maçanetas. Contudo, as superfícies são diferentes, com vincos diferentes, um novo aplique nos para-lamas e retrovisores revistos. A traseira tem lanternas maiores, porém elementos como a maçaneta da caçamba e a saída de escape “denunciam” a similaridade com a geração passada.
Por dentro, é possível notar a similaridade na proporção dos elementos e por alguns botões compartilhados. No entanto, o departamento de criação da Ford fez um bom trabalho ao redesenhar painel, console e portas. A central multimídia Sync4 tem tela de oito polegadas, mas pode ser trocada por um sistema com visor de 12″, mesmo tamanho do quadro de instrumentos virtual das versões mais caras.
Um interior reformado, nessa faixa, também significa equipamentos mais avançados. A picape já dispunha de frenagem automática com detector de pedestres e controle de velocidade adaptativo (ACC). Contudo, agora há também farol alto automático e o sistema Active Driver Assist, que “assume o controle” do veículo em autoestradas. Porém, ele conta com uma câmera de detecção facial para garantir que o motorista continue observando o tráfego para o caso de precisar retomar o volante.
Ao todo, a F-150 terá seis opções de motorização. Contudo, a Ford só confirmou uma até o momento: a inédita variação híbrida do segmento. Ela combina o 3.5 V6 a gasolina, que tem variações de até 400 cv atualmente, a um propulsor elétrico de 47,6 cv, tendo como maior diferencial a entrega de torque instantâneo. O câmbio é automático de 10 marchas e auxilia a picape a alcançar autonomia de 1.126 km (700 milhas) na homologação da agência ambiental local (EPA). A capacidade de reboque é de 5,4 toneladas ou “43 jogadores de futebol americano” – uma interessante unidade de medida, aliás.
As outras cinco opções de motorização, ainda a serem confirmadas pela Ford, são as seguintes: 3.3 V6 (294 cv atualmente), 2.7 EcoBoost V6 (330 cv), 5.0 V8 Coyote (400 cv), 3.5 EcoBoost V6 (380/456 cv) e 3.0 Power Stroke V6 a diesel (253 cv).
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