Mercedes revela segunda geração do GLE


A Mercedes-Benz divulgou as primeiras fotos e informações da segunda geração do GLE, surgido como ML em 1998. Opção intermediária da marca, entre GLC e GLS, ele se renova por completo para enfrentar Audi Q7, BMW X5 e Volvo XC90, entre outros concorrentes. A marca deve levá-lo ao Salão de Paris para o primeiro contato com o público. As vendas, todavia, só começam em 2019.

Apesar de ter sido completamente revisto, o novo GLE mantém certa identificação com seu antecessor em termos de proporções. Ainda que seu entre-eixos seja oito centímetros maior, de 2,995 metros – única medida divulgada por ora, aliás -, os contornos das colunas A e C, o desenho dos vigias e o corte de portas e janelas mantêm a personalidade do SUV. Suas extremidades, porém, garantem o visual novo.

Na dianteira, o GLE mostra o caminho para o futuro da Mercedes, ao abandonar os faróis irregulares em favor de conjuntos ópticos menos recortados. A assinatura visual com as fileiras de LED e os contornos do para-choque, em especial das tomadas de ar, também mudam consideravelmente. Nas laterais, os cortes foram revistos, apesar da similaridade das linhas, e os retrovisores ganharam o desenho padrão dos últimos Mercedes. Já a traseira conta com lanternas horizontais estreitas e altas. Elas se afastam, porém, das soluções recentes da Mercedes para SUVs, alinhando-se a produtos como os sedãs AMG GT 4Door (veja aqui) e CLS (veja aqui).

Por dentro, o GLE fica mais próximo da última geração do Classe E (veja aqui) em termos de proporções. Porém, seu visual é exclusivo. O painel consegue alocar melhor as duas grandes telas, para quadro de instrumentos e central multimídia, e os quatro difusores centrais trocam os círculos pelos retângulos de cantos arredondados. O console tampouco parece fazer parte do conjunto, devido à falta de uma “ponte” inclinada como no sedã, mas ganha personalidade com as barras laterais, que envolvem a área do controle da central multimídia. Seu porta-malas leva 825 litros.

De início, o utilitário será comercializado apenas na versão 450 4Matic. Ela se move com um 3.0 de seis cilindros a gasolina, capaz de entregar 367 cv às quatro rodas. A transmissão é automática, de nove marchas. Para baixar o consumo e otimizar as operações, há sistema elétrico de 48 volts, que alimenta aparelhos auxiliares e uma máquina extra de 22 cv, capacitada para funções como alternador e arranque. O equipamento é identificado pela Mercedes como EQ Boost. No futuro, o SUV terá outras opções, a gasolina e a diesel, e com quatro, seis e oito cilindros, além de derivação híbrida.

Para sustentar o veículo, a marca alemã desenvolveu três diferentes suspensões para o GLE. A padrão é composta por molas helicoidais e amortecedores comuns, com opção de molas pneumáticas e amortecedores com controle eletrônico. A variação mais refinada se chama E-Active Body Control e garante que o segundo esquema seja controlado pelo sistema de 48 volts, operando cada roda de maneira independente. Para tanto, ele conta com a leitura da pista feita por uma câmera frontal, situada no para-brisa.

Já não tão incomuns na Europa, os auxílios de condução também se fazem presentes no GLE. Além do controlador de velocidade ativo com receptor de informações de tráfego, que prevê ações na pista, o SUV alemão conta com um assistente de pilotagem ativo. Ele mantém o veículo dentro de sua faixa de rolamento, a uma distância predeterminada pelo motorista, podendo acionar a frenagem de emergência se necessário. Há ainda itens como auxílio de manobra com reboque, que orienta o condutor em balizas com carretinhas, por exemplo, e o aviso de objetos em pontos cegos com o veículo parado, para evitar que se abra a porta sobre ciclistas ou pedestres.

A expectativa é que a nova geração do GLE desembarque no Brasil no segundo semestre de 2019.

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