Depois de muitos adiamentos (leia aqui) e mistérios (leia aqui), a Kia enfim oficializou a chegada do Rio ao mercado brasileiro. Importado do México, o modelo desembarca apenas com a carroceria hatchback, sempre com motor 1.6 e câmbio automático. Como adiantamos, ele vem em duas versões, com preços partindo de R$ 69.990. Seus principais rivais são Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Toyota Yaris e Volkswagen Polo.
Visualmente, o Rio dispensa exageros, dispondo de um desenho mais equilibrado, predominado por contornos horizontais e superfícies limpas. Os faróis se integram à grade “nariz de tigre” e avançam pelas laterais, conferindo certa esportividade. Sem ousadias, a traseira é dominada pelas lanternas altas, que invadem a tampa do porta-malas. O habitáculo segue a mesma filosofia e se enquadra na tendência atual de ter uma tela destacada no topo para a central multimídia. As medidas são próximas dos rivais, com 4,065 metros de comprimento, 1,725 m de largura, 1,450 m de altura e 2,580 m de entre-eixos, comportando 325 litros no porta-malas.
O conjunto motriz já era conhecido de tempos: “vazado” pelo Inmetro (leia aqui), o motor é o mesmo 1.6 16v Flex do HB20 brasileiro – fala-se que a matriz coreana preferiu ele ao 1.0 Turbo do irmão nacional. Ele entrega 123/130 cv a 6.000 rpm (gasolina/etanol) e 16/16,5 kgfm de torque (4.700/4.500 rpm). O câmbio é sempre automático, com seis velocidades e opção de trocas sequenciais na alavanca. Com 1.103 kg, ele tem médias de 10,5/7,2 km/l na cidade (G/E) e 13,4/9,3 km/l na estrada, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro. A Kia não informa da dados de desempenho.
DUAS VERSÕES
Previamente, já se sabia que o Rio viria em duas versões, mas só agora se tem acesso às listas completas. A LX, tabelada em R$ 69.990, garante airbag duplo, controles de tração e estabilidade, auxílio de partida em rampas, direção elétrica, ar condicionado, câmera de ré, acendimento automático dos faróis e sensor de pressão dos pneus. Há também rodas de liga leve de 15 polegadas, central multimídia com visor de 7″, banco traseiro bipartido e volante multifuncional, regulável apenas em altura. O vidro elétrico, por exemplo, possui função um-toque apenas para descida e somente na porta do condutor.
A opção mais equipada é a EX, precificada em R$ 78.990. Além dos itens da LX, ela adiciona ar condicionado digital, luzes diurnas em LED, controlador de velocidade (piloto automático) e revestimento em couro para bancos, câmbio e portas. A variação agrega ainda retrovisores com piscas integrados e rebatimento elétrico, console central com descansa-braço e porta USB traseira e vidro da porta do motorista com “um-toque” para subir. Não há airbags laterais ou de cortina.
MERCADO
Segundo a Kia, o preço do Rio não é mais competitivo devido à alta cotação do dólar. Nos planos do Grupo Gandini, seu representante nacional, o hatch só seria importado quando a moeda americana chegasse a pelo menos R$ 3,80 (leia aqui), o que não tem ocorrido. Ainda assim, a expectativa é fechar o ano com 2,4 mil emplacamentos (média mensal de 220 carros), sendo 80% deles da versão EX. Com o compacto na gama, a marca espera negociar 12 mil veículos ao longo de 2020, avançando 30% sobre 2019.
KIA RIO 2020
1.6 LX AT6 – R$ 69.990
1.6 EX AT6 – R$ 78.990
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