Carros brasileiros representam 58% das vendas do mercado argentino


O livre comércio permitido pelo Mercosul tem beneficiado as indústrias argentina e brasileira, com o intercâmbio de veículos sem barreiras aduaneiras. No entanto, o “peso” dos produtos tupiniquins no mercado hermano aumentou nos últimos anos, principalmente devido à crise financeira aqui presente. A terra do tango, destino favorito das fábricas nacionais, experimenta agora uma invasão dos carros daqui. Em 2017, 58% dos automóveis emplacados no país de Messi e Maradona têm o Brasil como origem.

O percentual significativo de carros brasileiros vendidos na Argentina tem um fator considerado primordial: a necessidade de as fábricas locais precisarem desovar os estoques, oferecendo preços mais baixos. Isso porque o País tinha alta capacidade instalada até 2012, quando começou a sentir os efeitos da crise que culminou na queda de vendas anuais de 3,6 para 2 milhões de automóveis e comerciais leves. Em 2015, por exemplo, os veículos brasileiros representaram 44,9% dos emplacados por lá, contra 45,4% dos locais. No ano passado, foram 49,2% de brasileiros e 41,1% de argentinos. Até agosto de 2017, a diferença ficou ainda maior: 58% para carros “nossos” ante 31,4% dos feitos por lá.

O que não se pode esquecer é que o Brasil é responsável pela produção de segmentos de demanda bastante aquecida, como hatches compactos e SUVs. Na Argentina, concentram-se picapes (Ford Ranger, Toyota Hilux e VW Amarok) e produtos médios (Chevrolet Cruze/Sport6, Peugeot 308/408, Renault Fluence). Entre os produtos de entrada, lá são montadas apenas unidades para consumo interno – e olhe lá.

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