A Toyota apresentou a 12ª geração do Corolla, a quinta produzida em Indaiatuba (SP), no mercado brasileiro. Como já se sabia, o sedã chega com o primeiro sistema híbrido do mundo dotado de um motor a combustão alimentado por gasolina e etanol. Ele conta ainda com uma versão mais forte do 2.0 oferecido até então, para as variações de acesso, e equipamentos inéditos. Disponível em cinco variações, o modelo tem preços de R$ 99.990 a R$ 130.990.
Visualmente, já se sabia como seria o Corolla nacional. Seguindo as linhas do modelo europeu, ele tem contornos menos ousados que os do americano (leia aqui), optando por um visual mais sóbrio. Por isso, a dianteira exibe faróis sem recortes acentuados, com boa dose de cromados aparentes. A traseira também tem desenho conservador. O habitáculo continua tradicionalista, mas utiliza elementos mais modernos. O ponto negativo fica para o visual da central multimídia de 8 polegadas, com jeitão de equipamento paralelo, e a inexistência de freio de estacionamento eletrônico, mesmo nas versões mais caras. O quadro de instrumentos pode ter visores de 4,2″ (2.0) ou 7″ (1.8 híbrido).
Agora construído sobre a plataforma modular TNGA, o Corolla teve sua rigidez torcional ampliada em 60%, segundo a Toyota. Por outro lado, praticamente não alterou as medidas: são 4,630 metros de comprimento (+1,0 centímetro), 1,780 m de largura (+0,5 cm) e 1,455 m de altura (-2,0 cm), com os mesmos 2,70 m de entre-eixos e 470 litros no porta-malas. O tanque leva 50 litros no motor 2.0 e 43 l no híbrido, enquanto o centro de gravidade de ambos ficou 1 cm mais baixo. A suspensão tem sistema McPherson na frente e agora duplo A na traseira, no lugar do eixo de torção.
MOTORES INÉDITOS
As versões de entrada serão movidas pelo propulsor 2.0 Dynamic Force, que dá fim à oferta do 1.8 Flex até então disponibilizado no modelo de acesso GLi. Diferente do 2.0 também utilizado na geração passada, ele mescla injeções direta e indireta, com oito bicos injetores, e adota o ciclo de queima Atkinson, que prioriza o consumo em detrimento da geração de potência ao ampliar o tempo de expansão dos gases em relação ao de compressão. Ainda assim, o propulsor não decepciona: entrega 169 cv com gasolina e 177 cv com etanol (6.600 rpm), dispondo sempre de 21,4 kgfm de torque (4.400 rpm). A transmissão é continuamente variável (CVT), com 10 relações simuladas e a primeira mecânica, para maior agilidade em arranque.
O modelo mais caro tem sistema similar ao do Prius, com três motores. O único a combustão é o 1.8 16v Flex, também com ciclo Atkinson, que entrega 98 cv na gasolina e 101 cv com etanol (5.200 rpm), gerando sempre 14,5 kgfm de torque (3.600 rpm). Os outros dois são elétricos (MG1 e MG2), somando 72 cv e 16,6 kgfm extras. O total disponibilizado às rodas não foi revelado. A Toyota informa apenas que há transmissão CVT transeixo, adaptada para esse tipo de propulsão. A bateria de hidreto metálico de níquel alimenta os propulsores extras e recebe também energia cinética recuperada em frenagens.Dados do Inmetro apontam que o Corolla tem médias urbanas de 16,3 km/l com gasolina e 10,9 k/l com etanol e rodoviárias de 14,5/9,9 km/l, respectivamente.
VERSÕES
A Toyota anuncia que a nova geração do Corolla chega com cinco versões. A opção de acesso é a GLi 2.0, tabelada em R$ 99.990. Ela garante ar condicionado, direção elétrica, sete airbags e câmera de ré. Há também controle de estabilidade, ancoragens Isofix, rodas de liga leve de 16 polegadas e central multimídia com tela de 8″ e integração Apple CarPlay e Android Auto.
Acima aparece a XEi 2.0, precificada em R$ 110.990. Além dos itens da GLi, ela dispõe de controlador e limitador de velocidade, chave presencial com partida por botão, retrovisor eletrocrômico e faróis de neblina em LED. Há também aros 17″, ar condicionado automático digital e câmbio com opção de trocas sequenciais por borboletas e modo Sport.
A Altis 2.0 sai por R$ 124.990 e, além dos equipamentos da XEi, conta com banco do motorista com ajustes elétricos, sensor de chuva, faróis e lanternas em LED e ar condicionado de duas zonas. Ele tem ainda teto solar, retrovisores com rebatimento elétrico e o pacote Safety Sense, composto por alerta de mudança de faixa, acionamento automático do farol alto e controlador de velocidade adaptativo com frenagem de emergência.
No caso do híbrido, há duas variações. A Altis sai por R$ 124.990 e traz os itens da XEi 2.0, mas agrega os faróis em LED e o Safety Sense. Já a Altis Premium é tabelada em R$ 130.990 e acrescenta teto solar, sensor de chuva, retrovisores com rebatimento elétrico, climatizador de duas zonas, lanternas em LED e assento do condutor com regulagens elétricas.
MERCADO
Completando o pacote de novidades, a Toyota aumenta a garantia total do Corolla de três para cinco anos, enquanto o sistema híbrido tem cobertura de oito anos. Passa a ser possível também a blindagem sob encomenda já na rede autorizada, mantendo a garantia original, mediante serviço das parceiras Inbra e Evolution. A expectativa é que as versões equipadas com motor 2.0 tenham média mensal de 3,5 mil emplacamentos, com o híbrido comercializando outros mil exemplares mensais. Estará disponível também o aluguel do modelo em 15 concessionários nacionais, funcionalidade que será estendida a 65 revendas até 2020.
TOYOTA COROLLA 2020
2.0 GLi – R$ 99.990
2.0 XEi – R$ 110.990
2.0 Altis – R$ 124.990
1.8 Hybrid Altis – R$ 124.990
1.8 Hybrid Altis Premium – R$ 130.990
ALL THE CARS 