Está pronta a quarta geração do esportivo Continental, antecipado em imagens pela Bentley há um mês (leia aqui). O modelo estreia nas carrocerias cupê (GT) e conversível (GTC), com a versão Speed, movida por um sistema híbrido plug-in (PHEV), chamado Ultra Performance, com 782 cv totais. A novidade estreia na Europa ao longo do terceiro trimestre de 2024.
Em termos visuais, o Continental evolui sobre a escola seguida por seu antecessor. Na dianteira, adota uma variação do que se viu no conceito Mulliner Bator, utilizando faróis elípticos “atravessados” por uma faixa horizontal e abandonando a formação dupla que o acompanhou ao longo da vida. A grade retangular, de proporções generosas, apresenta nova leitura, como acontece com as lanternas ovaladas na traseira. Estas ficam mais delgadas e longas, passando a ocupar parte da tampa do porta-malas.
O interior traz o que se espera de um Bentley. E, nesta área, observa-se que o Continental recebeu uma grande reforma sobre a geração passada: o painel tem as mesmas proporções, com elementos colocados praticamente em posição similar. Basicamente, foram modificados os revestimentos e atualizados os softwares, mas, para a felicidade dos puristas, a profusão de comandos físicos segue presente, em especial no console. Além disso, a multimídia com tela de 12,3 polegadas segue oculta sob a peça giratória no centro do painel. Apenas 0,5 centímetro mais comprido (agora são 4,855 metros) e com o mesmo entre-eixos de 2,851 m, o esportivo manteve o espaço interno do antecessor.
A revolução de fato está onde não se vê. O sistema Ultra Performance é formado em parte pelo 4.0 V8 Biturbo de 600 cv, que se esconde sob o longo capô do Continental. Ele é acompanhado por um motor elétrico de 190 cv, que se integra à caixa de dupla embreagem e oito marchas. O conjunto rende 782 cv e 102 kgfm combinados, superando o 6.0 W12 de 635 cv e 91,8 kgfm de seu antecessor. A força é enviada às quatro rodas por um sistema que possui vetorização de torque e diferencial com deslizamento limitado no eixo traseiro.
O sistema conta com uma bateria de 25,9 kWh alojada atrás do eixo posterior, a fim de ajudar na distribuição de peso. Ela leva 2h45min para ser totalmente carregada (em pontos de 11 kW) e tem autonomia estimada em 81 km (ciclo europeu WLTP). O sistema eletrônico traz consigo a suspensão com duas câmara de ar, amortecedores adaptativos de dupla válvula e barra estabilizadora ativa e eixo traseiro com esterçamento. Em opção, há freios de carbono-silício.
Apesar de ser 192 kg mais pesado que seu predecessor, o Continental GT Speed vai de zero a 100 km/h em 3,2 segundos e chega aos 335 km/h. O conversível é ligeiramente mais lento (3,4 s) e tem a máxima limitada eletronicamente a 285 km/h.
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