Por vender carros com motores a diesel que fraudavam testes de emissões, no caso que ficou conhecido como Dieselgate, o Grupo Volkswagen foi condenado, nos Estados Unidos, a pagar multas e indenizações e reparar os veículos ou recolhê-los e devolver o dinheiro dos consumidores que assim solicitarem. Após negociar a quitação das infrações com o governo local, agora a empresa trata de atender aos clientes. Ela informa ter iniciado a retomada das unidades e o pagamento por elas aos proprietários que optaram por essa alternativa.
O processo teve autorização oficial da Justiça dos EUA, por intermédio do juiz Charles Breyer. Ele permitiu que Audi e VW recomprem veículos a diesel vendidos entre 2008 e 2015, equipados com motores 2.0 – os movidos pelo 3.0 TDI ainda não foram convocados. Beetle, Golf, Jetta, Passat e A3 são os modelos por ora listados, todos com 150 cv. Caso a empresa não apresente uma solução, eles não poderão mais ser comercializados, podendo apenas serem desmontados para revenda de peças, mas com descarte de propulsor e sistema de escape.
Do total de 475 mil veículos afetados, 340 mil clientes aceitaram o acordo de compensação, sem necessariamente optar pelo recolhimento das unidades. Até 2018, a Volkswagen deverá recomprar pelo menos 85% das unidades, pagando seu valor de mercado atual. Também deverá injetar, no prazo de dez anos, nada menos que US$ 2 bilhões para o desenvolvimento de tecnologias de propulsão alternativas, que não usem combustíveis fósseis como fonte de energia.
Até o momento, calcula-se que a Volkswagen vá gastar nada menos que US$ 16,7 bilhões com o Dieselgate só nos EUA.
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