Mercosul e UE terão acordo bilateral anunciado em dezembro, diz site


A abertura do mercado permitiria a vinda de marcas inéditas, como a tcheca Skoda

São antigos os rumores sobre tratativas de um acordo bilateral entre União Europeia e Mercosul. No entanto, parece que finalmente as negociações resultarão em algo. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) confirmou uma nova rodada de conversas para a próxima sexta-feira (10), apontando para uma evolução positiva das discussões. O site argentino Cosas de Autos vai mais longe: garante que o acordo caminha para ser selado, com data de anúncio inclusive já definida para o dia 10 de dezembro.

Segundo o site, a agilidade nas negociações foi um pedido do presidente argentino Mauricio Macri. A intenção do mandatário é estreitar as relações com a Europa e criar novos destinos para os produtos argentinos. De quebra, o país poderia receber investimentos para fabricar veículos destinados ao Velho Continente, tendo como diferencial a mão de obra mais barata. O Brasil entraria como parceiro no projeto, ganhando importância por sua indústria diversificada e, claro, o potencial de consumo com a retomada do crescimento econômico. Juntas, as duas nações somam 250 milhões de habitantes.

Também seria possível ver o retorno de empresas como a espanhola Seat

A expectativa é que as conversas do dia 10 de novembro tratem das normativas finais. No dia 27 de novembro, haveria uma revisão obrigatória, prevista no estatuto da União Europeia, para avaliar todos os pontos. O anúncio, então, aconteceria em dezembro, provavelmente na sede do bloco econômico em Bruxelas, capital da Bélgica.

Os termos do acordo bilateral ainda são segredo. No entanto, uma fonte do site argentino dentro da Adefa, a entidade que reúne as montadoras presentes no país vizinho, afirma que o texto prevê uma redução gradual nas tarifas aduaneiras. Hoje, Argentina e Brasil aplicam a cota máxima permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC), de 35%. A tendência seria reduzir o imposto de importação em cinco pontos percentuais a cada ano, até zerá-lo. O tributo começaria a ser diminuído em 2026, completando o ciclo em 2032.

O Brasil se tornaria estratégico, podendo exportar modelos como o Jeep Compass

Para tanto, deve haver comprometimento das indústrias sul-americanas. No caso do Brasil, fala-se na “Indústria 4.0”, almejada pelas companhias aqui presentes. Ela seria o principal objetivo do regime Rota 2030, que entra em vigor em 2018. Na Argentina, Macri busca as reformas fiscal e trabalhista para tornar sua nação mais competitiva.

[ Fonte: Cosas de Autos/MDIC ]

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