Ao apresentar o plano de lançamentos para o Mercosul em dezembro, na Argentina (leia aqui), a Volkswagen confirmou a chegada de um novo compacto para suceder o Gol. No projeto, a marca pretende substituir o antigo campeão de vendas, que já soma uma década na linhagem atual, até 2020. Tendo esse produto como principal motivador, o presidente global da companhia, Herbert Diess, esteve no Brasil na última terça-feira (14). Ele passou apenas um dia em solo tupiniquim, para tratar da reformulação do modelo que foi líder de emplacamentos no País por quase 30 anos. A informação é do jornal Valor Econômico.
A agenda diária de Diess no Brasil foi completamente ocupada. O executivo se encontrou com a diretoria local da marca e também a equipe de desenvolvimento do produto para tratar das diretrizes do projeto. Também teve reuniões com concessionários e com representantes de sindicatos de metalúrgicos de suas fábricas. Provavelmente, a intenção era fazer uma prévia das negociações para viabilizar a montagem do novo veículo, prospectando acordos trabalhistas.
O projeto do substituto do Gol é cercado de mistérios. Ele vai manter o nome do modelo e também seu posicionamento, como opção de acesso dentro da Volkswagen. Por ser identificado com a sigla “A00”, pode-se apostar no uso da plataforma modular MQB-A0, a mesma de Polo e Virtus, mas em uma versão menos refinada. Afinal, a arquitetura deriva da utilizada pelo Golf, MQB-A, e o número zero ao final indica a simplificação. O novo Gol ainda marcará o fim do Up, que tem perdido a razão de existir no Brasil.
O projeto do Gol será viabilizado com um novo aporte financeiro no Brasil, além dos R$ 7 bilhões já confirmados anteriormente. O investimento resultará também em aumento na produção, a fim de exportá-lo. Assim, poderá alcançar o objetivo de montar anualmente 800 mil veículos por aqui (leia aqui), praticamente o dobro do volume atual, em tempos de recuperação.
[ Fonte: Valor Econômico ]
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