EUA prendem duas pessoas acusadas de ajudarem Ghosn a fugir do Japão


Então CEO Carlos Ghosn com o Nissan Altima (2016)

Autoridades dos Estados Unidos anunciaram a prisão de dois homens ligados à fuga de Carlos Ghosn do Japão, ocorrida em dezembro de 2019 (leia aqui). Segundo a agência Reuters, a reclusão da dupla foi um pedido da promotoria do país asiático, que acredita no envolvimento direto deles na cinematográfica saída do ex-CEO da Nissan para o Líbano, a fim de evitar uma nova prisão. A investigação acredita que há mais pessoas relacionadas ao caso e outras buscas devem estar em andamento no momento.

Segundo a agência, os presos são Michael Taylor, ex-agente das Forças Especiais do Exército dos EUA, de 59 anos, e seu filho Peter, de 27. Eles foram conduzidos ao cárcere no estado de Massachusetts. Segundo a acusação, Peter teria se reunido com Ghosn no dia 28 de dezembro no hotel Grand Hyatt de Tóquio por aproximadamente uma hora. Na manhã seguinte, Michael teria chegado até Osaka, na terra do sol nascente, vindo em um jato Bombardier originário de Dubai na companhia de outro homem, chamado George-Antonie Zayek. No avião, duas grandes caixas de equipamento de som ocupavam a área de carga. Elas foram usadas para esconder o ex-CEO da Nissan na fuga.

Mais tarde, no mesmo dia 29, todos se reuniram no Grand Hyatt para combinar cada passo e se separou. Peter pegou um avião até a China, enquanto os demais foram para o metrô, onde pegaram um trem-bala para Osaka, em uma viagem de cerca de quatro horas. Dali, o trio foi até um hotel próximo à estação, onde Ghosn foi colocado em uma das caixas de instrumentos. Transportado por Michael e Zayek, ele foi levado ao aeroporto, onde a carga não passou pela segurança e foi alocada no jatinho Bombardier. De lá, a aeronave partiu para o Líbano, fazendo escala na Turquia.

A prisão dos Taylor aconteceu após investigadores dos EUA descobrirem que Peter havia reservado um voo de Boston para Beirute, capital do Líbano, na última quarta-feira (20).

CASO SE ESTENDE À TURQUIA

A Turquia, onde o jatinho fez escala, também vem trabalhando em conjunto com o Japão para esclarecer a fuga. Segundo a mídia local, foram emitidos mandados de prisão contra sete pessoas: quatro pilotos, dois comissários de bordo e um executivo de companhia aérea. Todos, novamente, envolvidos diretamente com a escapada de Ghosn.

[ Fonte: Reuters ]

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