Chanceler da Alemanha sugere proibição de motores a combustão, mas sem datas


Porsche Panamera é produzido na germânica Leipzig

Quase um ano depois de levantar a possibilidade de proibir a venda de carros com motor a combustão (leia aqui), autoridades da Alemanha voltam a discutir a questão. Dessa vez, quem trouxe o tema à tona foi a chanceler Angela Merkel, que sinalizou que o futuro do transporte passa pelo abandono de tais propulsores. Ela, no entanto, não previu datas para que isso ocorra no país, embora nações como França (leia aqui) e Reino Unido (leia aqui) já tenham colocado 2040 como ano limite para a comercialização de tais modelos.

Na primeira vez em que se discutiu o assunto, o órgão que atua em relação às leis federais Bundesrat sugeriu que automóveis a gasolina e a diesel deveriam ser banidos a partir de 2030. A justificativa era o cumprimento do Acordo de Paris para a redução de emissões. Merkel não falou em datas, mas considerou “corretos” os prazos concedidos pelo Reino Unido e França.

Elétricos como o BMW i3 (acima) ganham ainda mais força

O tema, porém, é bastante delicado na Alemanha, onde hoje trabalham cerca de 800 mil pessoas no setor. O país é tradicional no ramo automotivo, sendo o berço de companhias como Audi, BMW, MAN, Mercedes-Benz, Opel, Porsche e Volkswagen. Os carros estão diretamente ligados ao  desenvolvimento econômico, à recuperação após duas guerras e, claro, aos postos de trabalho existentes por lá.

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