As vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil caíram em junho. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas 165.589 unidades ao longo do último mês, 3,31% a menos que em maio, mas 38,16% acima do mesmo período de 2020. De acordo com a entidade, a falta de componentes foi determinante para a queda. No acumulado, o volume chega a 1.006.685 exemplares, com alta de 31,90% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
A queda na demanda ao longo de junho pode ser atribuída diretamente à escassez de componentes, especialmente semicondutores, o que tem afetado a indústria global. No Brasil, várias fábricas foram fechadas e algumas delas seguem inoperantes, como a da General Motors em Gravataí (RS), desativada em março e com previsão de retorno apenas para meados de agosto. O reflexo é a redução de estoques e o atraso nas entregas, afetando os números finais. Sem peças e consequentemente veículos, os preços subiram 11% em média em 2021, ajudando a arrefecer a procura. Para completar, junho teve um dia útil a menos que maio (20×21).
No acumulado, os números são bem melhores. O Brasil alcançou a marca de um milhão de emplacamentos 42 dias antes de 2020, mas é importante considerar que o primeiro semestre do ano passado foi o mais impactado pela pandemia de Covid-19. A título de comparação, em 2019 foi alcançado o primeiro milhão 33 dias antes de 2021. Todavia, também se faz necessário levar em conta que o momento é de recuperação da economia global, ainda com a dificuldade específica do setor automobilístico com relação à falta de semicondutores.
E justamente pela escassez de componentes eletrônicos a Fenabrave refez as previsões de crescimento para 2021. Agora, a entidade aponta que o mercado vá avançar 10,7% em relação a 2020, chegando a 2,16 milhões. Até então, o prognóstico era mais otimista, com expansão de 15,8% e 2,26 milhões de emplacamentos.
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