Como prometido (leia aqui), a Chevrolet oficializou a chegada da terceira geração da Montana ao Brasil na noite desta quinta-feira (1º). De momento, a marca revela o visual definitivo da picape e parte de sua lista de itens, confirmando a oferta do motor 1.2 Turbo Flex e, no momento, apenas do câmbio automático de seis marchas. Com entregas previstas para começarem em fevereiro, ela tem preços entre R$ 134.490 na versão LTZ e R$ 140.490 na Premier.
No visual, a Montana traz a nova identidade da Chevrolet, que já era dada como certa na picape, sendo inspirada no Seeker chinês (leia aqui). Por outro lado, o filete de LED superior, o canhão principal mais baixo e a grade alargada remetem justamente à rival Fiat Toro. Na traseira, chama atenção a lanterna diminuta – já adiantada em teaser (leia aqui) – e horizontal, enquanto as demais picapes da GM adotam conjuntos verticais – como S10, Silverado e Colorado, por exemplo. A tampa traseira tem uma faixa preta na parte superior, que “oculta” maçaneta e câmera de ré, e o nome da marca em baixo relevo.
O interior da Montana lembra o do Tracker em termos de disposição, mas seu painel é completamente diferente. Praticamente todas as superfícies são específicas da picape, com destaque para a central multimídia com tela de 8 polegadas, cuja moldura “se integra” ao quadro de instrumentos. Curiosamente, este usa ainda grandes mostradores analógicos, na contramão dos visores digitais usados pela indústria. Pelas fotos, nota-se que ela dispensa também o retrovisor antiofuscante e repete outros componentes da família Onix, como volante, alavancas de câmbio e na coluna de direção, maçanetas, entre outros itens.
Para evitar a canibalização de vendas da S10, a Montana é bem mais curta, ficando próxima da Renault Oroch. A nova picape tem 4,72 metros de comprimento, 1,80 m de largura e 874 litros na caçamba, ante os respectivos 4,71 m, 1,82 m e 683 l da rival francesa. Para efeito de comparação, a Fiat Toro mede 4,94 m, 1,84 m e 937 l. Já a S10 tem 5,36 m, 1,87 m e 1.061 l.
Outra maneira de a Chevrolet diferenciar suas picapes está no posicionamento, deixando a Montana como um SUV com caçamba. O slogan de lançamento diz: “O SUV que você precisa, na picape que você sonhava.” Não por acaso, a marca ressalta ter projetado uma capota marítima com alta capacidade de vedação, além de oferecer uma cobertura rígida com acionamento elétrico, sendo sua caçamba “um porta-malas gigante” (leia aqui). Não por acaso, ela terá outros acessórios, como um separador de carga chamado Multi-Board, que será gratuito para os primeiros compradores.
Como já se sabia (leia aqui), o motor da Montana é o 1.2 Turbo Flex que equipa o Tracker e é produzido em Joinville (SC). Ele entrega 132/133 cv e 21,4 kgfm de torque, mas, segundo a Chevrolet, tem calibração específica, para atuar em faixa de rotação mais baixa. A empresa indica que a picape faz médias de 11/7,7 km/l na cidade (gasolina/etanol) e 13,3/9,3 km/l na estrada, com câmbio automático. Os números do modelo com caixa manual serão divulgados futuramente. Independentemente da transmissão, a suspensão é McPherson na dianteira e eixo de torção atrás, com sistema de duplo batente com rigidez variável que, de acordo com a GM, auxilia na estabilidade com caçamba cheia ou vazia.
Os conteúdos das versões não foram revelados pela Chevrolet. A versão mais cara Premier, porém, garante itens como aparelho de som JBL com subwoofer, faróis Full LED e alerta de pontos cegos. Na LTZ, pode-se apostar que a Montana terá seis airbags, central multimídia com ponto de Wi-Fi (a ser contratado) e serviço OnStar, câmera e sensores de ré, rodas de 17 polegadas, faróis com acendimento automático, chave presencial, entre outros.