Submetidos ao novo protocolo do Latin NCAP (leia aqui), bem mais rígido que o praticado anteriormente, os Fiat Argo e Cronos zeraram as notas na avaliação da entidade. No resultado final, foram apontados problemas estruturais, falta de equipamentos e, ainda, o “pior desempenho desde que o Latin NCAP começou a avaliar a proteção de pedestres”, em 2020. A dupla foi testada em 2019, alcançando três estrelas para adultos e quatro para crianças, na ocasião (leia aqui).
De acordo com o Latin NCAP, vários foram os fatores que determinaram a classificação ruim da dupla de compactos. A classificação dos quesitos ficou em 24,37% na proteção de adultos (motorista e carona), 9,91% na infantil e 36,91% para pedestres, além de apenas 6,98% nos itens de segurança. O percentual baixo nessa última categoria se deve à parca oferta de itens, com falta de controle de estabilidade (ESP) de série: os únicos pontos obtidos foram com o aviso de cinto desatado para o condutor.
As notas baixas na proteção dos passageiros se devem a diferentes constatações. Segundo o órgão, a proteção para o tórax do motorista foi considerada “marginal”, enquanto os joelhos de condutor e carona ficam expostos a riscos, principalmente pela existência de “estruturas perigosas” atrás do painel. Também foram criticados os resultados na simulação de impacto lateral e de colisão traseira, devido ao “efeito chicote” no pescoço dos passageiros. A batida contra poste não foi avaliada, devido à ausência de airbags laterais.
No caso da proteção infantil, o Latin NCAP apontou bons resultados na proteção contra desaceleração. Os principais problemas encontrados foram relacionados à sinalização dos sistemas, sejam eles de instalação de cadeirinhas, como nas ancoragens Isofix, ou na desativação do airbag direito, quando o assento especial precisa ser instalado no banco do carona. Para completar, a entidade afirma que não há provas de que Cronos e Argo estejam adequados às normas da ONU de proteção para pedestres, por haver grande vulnerabilidade em casos de atropelamento e não existir oferta de quaisquer itens que possam reduzir tais riscos.