A Great Wall confirmou o aporte de R$ 4 bilhões em suas operações no Brasil até 2025, como já se esperava (leia aqui), indicando que haverá uma injeção total, considerando-se um segundo ciclo de investimentos, de R$ 10 bilhões no País. Os recursos consideram apenas a parte produtiva, que se inicia em 2023. A marca prevê a montagem local de modelos eletrificados, incluindo um SUV e uma picape. Já em termos de importação, a atuação começa ainda em 2022.
O desembarque dos Great Wall começa no último trimestre de 2022, sob importação. A marca deve trazer três linhas de produtos: a marca Haval, de SUVs; a Poer, de picapes; e a Tank, de utilitários off-road. A divisão ORA, dedicada a elétricos, também é estudada. Ela é responsável pelo Cat, o modelo com visual que lembra o VW Fusca original (veja abaixo).
GREAT WALL ORA CAT
A partir do segundo semestre de 2023, a empresa começa a fabricar seus veículos em Iracemápolis (SP), na fábrica adquirida junto à Mercedes-Benz (leia aqui). Lá, pretende ampliar a capacidade produtiva de 20 mil para 100 mil unidades anuais (leia aqui), viabilizando a chegada de vários modelos, todos equipados com algum tipo de assistência de condução. Eles serão feitos sobre a plataforma modular LMN, que está apta a receber sistemas puramente elétricos. Os veículos nacionais serão híbridos plug-in, recarregáveis por agente externo. A chinesa pretende oferecê-los também com motor flex, como faz a Toyota. De acordo com a Great Wall, os produtos ainda não foram revelados na China
Ao contar com capacidade instalada de 100 mil veículos anuais, a montadora almeja alcançar a plena produção ao preparar fornecedores locais. O objetivo até 2025 é chegar a 60% de nacionalização dos componentes. Além disso, a Great Wall planeja exportar veículos do Brasil para a América Latina, beneficiando-se de acordos comerciais como os realizados com países do Mercosul e o México.